Imaginamos (ou sabemos?) que o metaverso irá trazer diversas mudanças para nossas vidas, de atividades simples as mais complexas, que vão acontecer neste mundo imersivo que une o real e o virtual. Se a projeção é de que se migre nossas atividades para este novo universo, é claro que as relações de consumo também irão mudar e a experiência do cliente no metaverso tem importância central nesta nova forma de se relacionar.

Para comprovar o impacto do metaverso no mercado, números ajudam a ilustrar que esta mudança veio para ficar. Segundo a Bloomberg Intelligence o cálculo é de que o mercado do metaverso pode atingir US$ 800 bilhões até 2024. Este número gradiosamente alto, faz a atenção de empresas se voltarem para o potencial do metaverso e investir cada vez mais nesta nova experiência.

E este não é um papo para o futuro, a mudança para o metaverso já vem acontecendo gradativamente. Você como consumidor provavelmente já se deparou com alguma delas na hora de comprar, se usou algum tipo de realidade virtual, ou até mesmo a realidade virtual aumentada, e avatares antes de efetivar sua compra.

Vale ressaltar que para tecnologia tudo caminha mais rápido que o normal devido aos grandes passos que já demos nesta área, e temos exemplos práticos que comprovam a realidade deste fato. A Nike já utiliza de avatares para que seus clientes experimentem roupas que usarão no mundo físico, a empresa inclusive já lançou um mundo virtual só seu, a Nikeland usando a plataforma Roblox onde é possível estreitar a relação e propor uma nova experiência do cliente no metaverso.

Além disso, a marca já está trabalhando no lançamento de uma coleção com 20.000 tênis NFT. Para isso, a empresa adquiriu a RTFKT que fabrica tênis virtuais em dezembro de 2021 e investiu US$10 milhões em produtos, algo em torno dos 50 milhões de reais.

A Fiat apostou em uma ferramenta de realidade aumentada para apresentar o novo Fiat Pulse em tamanho real para seu consumidor, com ela é possível interagir com o novo carro apontando a câmera do celular para o espaço físico onde o cliente pode ver o veículo estacionado e a mágica acontece. Este é um exemplo de como a experiência do cliente aproxima o sonho de consumo a realidade do consumidor, tornando mais palpável a compra que ele deseja fazer, dessa forma ele já se sente dono e motorista do carro antes mesmo de comprá-lo.

Falando em carros, a Hyundai apostou no mundo do metaverso com o slogan “Ampliando o Alcance Humano” com projeções do que pretende fazer com a chamada metamobilidade. A empresa também já apresenta um espaço para que os usuários conheçam novas ofertas e personalizem os seus avatares, promovendo essa interação do produto físico dentro do ambiente virtual.

Outros exemplos práticos são das duas gigantes do mundo da moda Gucci e Prada, que investiram em provadores com realidade aumentada possibilitando que os clientes experimentem diferentes peças.

Esses são apenas alguns exemplos que mostram como as empresas estão atentas a se adequarem a experiência do cliente no mundo digital, e já estão colocando em prática esta nova forma de relação que deve crescer ainda mais nos próximos anos.

E essa adequação não acontece à toa. Como já foi dito a aposta no mercado do metaverso é alta, mas para entender também essa necessidade é só nos transportarmos para uma realidade que já faz parte da nossa rotina. As compras acontecem cada dia mais no mercado online, e-commerce cresceram e muito nos últimos anos, principalmente durante a pandemia, onde vimos a necessidade de comprar de forma diferente da que estávamos habituados, e isso não tem caminho de volta.

Voltando a falar em números que justificam o investimento na mudança na relação com consumidor, o e-commerce brasileiro registrou faturamento recorde em 2021. Foram mais de R$161 bilhões, o que representa um crescimento de 26,9% em relação ao ano de 2020. O número de pedidos também cresceu, foi de 16,9%, com 353 milhões de entregas, e essa fatia do mercado em ascendência quer propor ao consumidor uma experiência cada vez mais próxima e única, coisa que o metaverso pode proporcionar.

O mundo é mais interativo, buscamos todo tempo por novidades e na hora da compra também. A experiência do cliente no metaverso na verdade mistura experiências, e traz essa nova oportunidade para empresas, a de fazer com que o cliente se engaje mais diante do produto que deseja.

Sem contar a possibilidade de personalização do atendimento ao cliente no metaverso. São inúmeros caminhos para seguir. O cliente se comunica com a empresa de uma nova perspectiva e pode entrar em contato com a marca de qualquer lugar e a qualquer hora, o ambiente digital já proporcionava isso, mas o metaverso une a necessidade do físico e digital para essa interação mais próxima.

O consumidor pode entrar em contato, por exemplo, com atendente não só pelo chat, mas por meio do avatar, o que personifica ainda mais esse relacionamento, afinal é o avatar dele conversando com o avatar do colaborador da empresa, eles estão falando de igual para igual, como se estivesse em uma loja física e com a comodidade e facilidade de não sair de casa para realizar suas compras.

E a ideia de estar inserido na experiência do cliente no metaverso não se aplica somente a empresas que estejam por lá, mas também a empresas físicas que podem usar o metaverso como uma forma personalizada de ser atender seus clientes, um aliado para essa conversa com o consumidor, que não mais terá somente um telefone de contato, isso aproxima e faz com que o cliente se sinta valorizado pela marca.

Como você pode perceber são inúmeras as possibilidades para se trabalhar a experiência do cliente no metaverso, algumas já estão sendo aplicadas, outras ainda vamos conhecer, o que é importante são as empresas estarem preparadas para este mercado e não deixar para se atualizar ou se adequar quando todos já estiverem a frente com formas únicas de se relacionar com cliente. A tendência é que novas ideias surjam, mas o consumo no metaverso já é realidade.

E você já teve alguma experiência diferenciada envolvendo mundo físico e digital durante suas compras? O que achou? Compartilhe nos comentários sua opinião.

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